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Feres nos queixos a todos os meus inimigos e aos ímpios quebras os dentes.

Levanta-te, SENHOR! Salva-me, Deus meu, pois feres nos queixos a todos os meus inimigos e aos ímpios quebras os dentes.” Salmo 3:7

Este verso traz algumas dúvidas como: Como um cristão pode orar contra os inimigos, como Davi o faz no verso 7? E quando não podemos orar contra nossos inimigos?

Clamar a Deus por justiça no mundo é absolutamente correto, e tais clamores nos lembram o quão importante é a santidade e a justiça de Deus. Sendo assim, não devemos descartar e julgar orações como a do Salmo 3:7 como primitivas e indignas. Devemos desejar que justiça seja feita e que malfeitores sejam impedidos de praticar o mal.

Mas, por outro lado, os salmistas não compreendiam plenamente a obra de Cristo na cruz. A cruz revela diversas coisas. Primeiro, se Deus trouxesse julgamento Ele iria levar em conta todos os pecados (Sl.130 :3-4) e desta forma todos nós estaríamos perdidos.

Em segundo lugar, ao invés de derramar sua ira sobre nós ele derramou sua ira sobre Jesus Cristo. Isto significa, como observa Derek Kidner, que vivemos numa época de maior misericórdia e esta será seguida de um maior julgamento. “O Salmistas, na sua ansiedade pelo julgamento, clamam a Deus para que Ele o apresse; o evangelho, em contraste, demonstra a ansiedade de Deus para salvar, mas revela novas profundidades e imensidade de julgamento [depois], que são seu corolário. “Agora eles não têm desculpa pelo seu pecado”. (D.K, p.41).

Em outras palavras, o evangelho nos humilha (mostrando-nos que somos salvos somente pela graça) e nos deixa em um período de graça, no qual as pessoas podem se arrepender de seus pecados e encontrar esta mesma graça. No entanto, por ser necessário haver uma solução para o mal, haverá um dia de julgamento. E neste dia, ou a obra de Cristo será revelada como pagamento por nossos pecados, ou nós mesmos teremos que pagar por nossos pecados.

Até este dia, a lógica do evangelho nos compele a orar por nossos inimigos e desejar o bem a eles, mesmo que nos oponhamos a suas ações. Não podemos nos sentir superiores a eles, nem desejar que eles venham pagar pessoalmente por seus pecados, quando nós mesmos não pagamos por nossos pecados. No entanto, também sabemos que Deus, no final, não irá deixar que o mal prevaleça, se arrependendo as pessoas ou não.

Romanos 12: 17-21 “Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens; se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens; não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor. Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.”

June 10, 2010 at 6:18 am Leave a comment


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